Numa ilha de Cabo Verde, capitalizada por uma cidade que muitas pessoas consideram à terceira melhor de Cabo Verde, com uma mentalidade bastante desenvolvida e liberal, na maioria dos assuntos. Na mesma Ilha aquilo que é considerado a segunda povoação mais desenvolvida, hoje denominada de cidade existe uma grande discrepância em termos de pensamento, modo de vida, a nível económico, etc. Esta é uma das sociedades mas atrofiado de Cabo Verde. Ou seja, as pessoas pesam pouco mas, querem falar muito, o resultado nos todos conhecemos. Muitas palavras mas, muito pouco de relevante. Ou então começam a falar da vida alheira, alias, é uma das poucas coisas que sabem fazer e muito bem.
Na referida localidade encontramos uma sociedade quase perdido no espaço, esta encontra-se a menos de 60 km do capital. Mas se quiser ir até lá tem de levantar as 5 h da manha e pegar os transportem que parte as 6 h, e para regressar tem de estar pronto ao meio dia, ou seja existe apenas um itinerário (localidade - Capital as 6:00 h, capital - localidade as 12:00h). Isto, minha gente, é muito pouco para um sítio que é chamado de cidade. Se no espaço esta assim, no tempo está completamente perdida, esta sociedade não consegui acompanhar os desenvolvimentos sociais, económico e muito menos político que aconteceu em cabo verde e no mundo nos últimos tempos.
A título de exemplos, temos uma cidade que não possui uma única empresa, se excluímos dessa classe piquemos comércios. Uma sociedade que depende quase exclusivamente da agricultura e da pesca, que é praticada de forma muito rudimentar. Praticamente não há circulação do dinheiro, existe uma carência enorme de impreendedorismo, as pessoas preferem guardar o seu dinheiro em casa, debaixo do colchão, nem se quer tem a audácia de deposita-lo num banco. Posso dar um exemplo, um caso verídico é que me deixa muito preocupado. Uma aluna de aproximadamente 13 ano apaixonada por seu professor de 25 anos comentou isso com a sua mãe, e esta em vez de aconselhá-la convida o professor para um jantar em sua casa. Com isso, ela tenta promover o relacionamento, só por causa estatuto do professor. Deixando de lado por exemplo a questão de que a sua filha é um pré-adolescente que não sabe quase nada da vida. Isto é mais um exemplo do atraso social que ali se vive.
E antes de terminar, quero pedir desculpas as pessoas da referida localidade que não engloba no perfil acima definido. Sei que ali também existe boas pessoas.
O que está aqui escrito não são críticas de uma pessoa do contra, mas sim, um grito de revolta e de insatisfação. “NHOS ABRI ODJO”, mas vale tarde do que nunca…
Jornais cabo-verdianos
Sobre Ilha do Fogo